A luz da candeia à espera da inevitável noite, com seus mais profundos anseios e seus mais obscuros segredos.
A luz da candeia à espera da inevitável noite, com seus mais profundos anseios e seus mais obscuros segredos.
1 Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
2 E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.
3 As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
4 Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
À luz do dia, a candeia é apenas algo inerte, fora do lugar, intempestivo, desprovido de significado. É um objeto qualquer, faça ou não parte do cenário. Poucos percebem que ela está ali, acesa, preparada para a inevitável noite, que certamente logo vem. Alguns a percebem, mas dela zombam, pois não enxergam sua natureza nem seu propósito. Não veem muito menos sua permanente prontidão. É um objeto alienado, sem propósito, exposto ao ridículo.
Mas nós sabemos que a luz deve ficar constantemente acesa, à espera da inevitável noite, com seus mais profundos anseios e seus mais obscuros segredos. Não há como enxergar direito, não há como caminhar livremente, não há como viver irrepreensivelmente sem a luz da candeia. Engana-se aquele que aguarda a noite chegar para então acender a candeia. O mundo, em sua luz diurna, deve saber que a candeia existe, que ela está constantemente acesa, e que não há poder neste domínio que a possa fazer apagar, pois ela foi estabelecida por Jesus Cristo, que nos resgatou das trevas para a luz.
Senhor, que minha candeia esteja sempre acesa, durante a luz do dia, durante o crepúsculo e durante a escuridão da noite. Que ela possa ser percebida pelo mundo em todas as circunstâncias, mesmo quando julguem que dela não haja necessidade. Que a luz de minha candeia lhe seja por testemunho.